“Um engenheiro amigo meu, o Rubens Tibiriçá, era da Villares e comentou comigo que a empresa faria o aço-mola (uma liga especial), que se dobra a frio para não perder a têmpera. Com isso, tive a idéia de pegar uma única barra e moldar a estrutura da cadeira, com um único ponto de solda. E depois cobrir com um tecido indígena, eu queria esse contraste, mas não foi possível. Então, fiz com couro, isso em 1956. E a cadeira teve uma tiragem, feita pela Interiors , uma loja da época, para o Clube Paulistano. Depois, nos anos 80, a Adriana Adams, da Nucleon8, a reeditou. E, agora, a Futon/Objekto. Acho muito interessante esse revival dos desenhos. Um estúdio francês propôs a malha de aço inox; para mim, desde que o desenho seja mantido, não importa o material da capa, seja, tecido, couro ou malha de metal. A graça da cadeira é aceitar várias vestimentas.”
Algumas décadas depois, a cadeira ainda é utilizada para decoração e tem grande procura pelos amantes da arquitetura de Mendes da Rocha. Com o tempo a cadeira foi então reformulada com novas estampas e materiais, mantendo a originalidade na sua estrutura.
Recentemente a cadeira foi exposta na terceira edição Brazil S/A, em Milão, em um lounge dedicado ao design brasileiro no Salão Internacional do Móvel. O O design têxtil brasileiro deu o que falar.
Em janeiro de 2014 na feira Maison Objet, em Paris, Paulo Mendes da Rocha lançou a Paulistano Office – ou Paulistano Giratória, como prefere seu criador. Seu protótipo foi criado em 1985, quando fizeram apenas dez unidades. E agora a empresa francesa Objekto, que já produz a Paulistano desde 2004, decidiu recuperar o modelo.
Para o Arquiteto, as cadeiras de escritório que existiam por aí, com toda a excelência delas, pareciam exageradamente anatômicas. Ele decidi, então, experimentar algo elegante, como a Paulistano , cuja capa veste as barras de aço flexíveis.
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